Investimentos Para Iniciantes: A Estratégia Vencedora na Era dos Juros em Queda

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Com a taxa Selic atualmente em 10,75% ao ano e as perspectivas de novos cortes, a gestão inteligente de investimentos torna-se crucial, principalmente para iniciantes.

Este artigo visa orientar os investidores inexperientes a navegar pelos desafios e oportunidades do mercado financeiro dinâmico, enquanto mantêm o foco na criação de uma reserva de emergência sólida.

Formando Sua Reserva de Emergência

Prioridade Número Um: Criando seu Colchão Financeiro

Antes de aventurar-se em investimentos mais ousados, todo iniciante deve priorizar a formação de uma reserva de emergência robusta. Esta etapa fundamental estabelece a base para a sua jornada de investimentos, proporcionando-lhe a tranquilidade necessária para enfrentar imprevistos.

Bruno Mori, economista e sócio-fundador da Sarfin, aconselha: “Antes de diversificar, a primeira recomendação é optar por produtos indicados para a reserva de emergência.

Esses produtos devem atender às premissas mais básicas: baixo risco e alta liquidez. Por isso, dê preferência aos CDBs de liquidez diária, Fundos DI e Tesouro Selic.”

Tesouro Selic: O Campeão da Reserva de Emergência

Dentre as opções, o Tesouro Selic destaca-se como a escolha mais acertada para sua reserva de emergência inicial.

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, corrobora: “O Tesouro Selic costuma ser mais indicado para o iniciante, protegendo-o contra possíveis mudanças de cenário, como a pandemia que enfrentamos.”

Bruno Mori complementa: “O que você tem, a rigor, é uma maior rentabilidade com o Tesouro Selic, que te paga a taxa básica de juros mais um adicional.”

Expandindo Seus Horizontes de Investimento

Diversificando com Cautela: Oportunidades na Renda Fixa

Uma vez estabelecida sua reserva de emergência, a queda da Selic abre novas oportunidades para diversificar sua carteira, mesmo para iniciantes. Gustavo Cruz cita o CDB Prefixado como uma opção atraente: “Ainda é possível encontrar títulos prefixados pagando mais de dois dígitos, com vencimento de 1 a 2 anos.”

Ele ressalta a importância de manter um horizonte de investimento adequado, evitando lock-ups prolongados: “Existe uma divergência entre os economistas sobre o patamar final dos cortes, mas há expectativa de que eles possam acelerar.

Conforme o Copom indicar que o caminho é esse, os ativos adquiridos agora ficam mais interessantes.”

Renda Variável: Um Toque de Diversificação

Bruno Mori incentiva os iniciantes a reservar uma parcela modesta, cerca de 10%, para a renda variável, explorando fundos de ações, fundos imobiliários, fundos multimercado, ações e ETFs.

“Não vivemos apenas de renda fixa. Mesmo para iniciantes, é saudável diversificar com moderação, respeitando sempre o perfil de investidor e a tolerância a riscos.”

Dicas Valiosas para Iniciantes

Educação Financeira: O Melhor Investimento

Tato Barros, investidor profissional e especialista em investimentos, enfatiza a importância da educação financeira: “O melhor investimento para quem está começando deveria ser na educação financeira.

Quanto mais a pessoa adquirir conhecimento, menos erros irá cometer e melhor será sua jornada como investidor no longo prazo.”

Evite a Ansiedade e a Concentração Excessiva

Barros alerta sobre os perigos da ansiedade e da concentração excessiva: “O principal erro do iniciante é ir com muita sede ao pote, ser ansioso, tomar logo de começo muito risco, querer ficar rico do dia pra noite. Isso tudo só acaba atrasando o processo de construção de riqueza.”

Gustavo Cruz, da RB Investimentos, reforça: “Concentrar é um problema. Muitas vezes, vemos pessoas conhecendo apenas um produto ou emissor, o que aumenta o risco. Por exemplo, no caso do CDB.”

Conclusão

Em um ambiente de juros em queda, os investidores iniciantes têm a oportunidade de construir uma base sólida por meio da criação de uma reserva de emergência estratégica, aproveitando as vantagens do Tesouro Selic.

À medida que ganham confiança, podem diversificar gradualmente, explorando oportunidades na renda fixa e variável, sempre pautados pela educação financeira contínua e pelo equilíbrio entre risco e retorno.

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